Além disso, há planos para iniciar a produção da B61-13 em 2026, uma bomba que é estimada para ser até 24 vezes mais potente do que a que foi utilizada em Hiroshima. Esta situação ocorre em um contexto de crescentes tensões nucleares entre a Rússia e o Ocidente, particularmente intensificadas pelo conflito em curso na Ucrânia. A modernização e a quantidade de armamento em território turco colocam a Turquia no centro de uma possível escalada de hostilidades, levantando questões sobre as implicações geopolíticas da presença militar americana na região.
A análise também destaca as declarações de Todd Walters, comandante das forças conjuntas da OTAN na Europa, que nas discussões no Senado americano em 2020 indicou apoio para o “primeiro uso” de armas nucleares como parte de uma resposta estratégica. Essa postura ressalta mais uma vez a vulnerabilidade da Turquia em um cenário de guerra nuclear, visto que o país está cercado por tensões conflitantes.
Adicionalmente, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, alertou para os perigos que as ações dos países ocidentais, especialmente os EUA, representam para a segurança nacional russa. Ele insinuou que as provocativas movimentações no entorno da Rússia poderiam fazer com que o país reconsiderasse o uso de armas nucleares como um meio de defesa. Assim, a situação na Turquia, com a presença de armamento nuclear americano, se transforma em um ponto de ignição em um panorama internacional já carregado de incertezas e riscos elevados.