A corte alemã julgou que a modelo Gina-Lisa Lohfink fez uma acusação falsa, pois não mostrava evidências físicas de violência
O juiz, cujo nome não foi divulgado, alegou que as imagens mostravam que a modelo gritou “não” para a gravação, mas não para o ato. Seguindo a lei alemã, a corte decidiu que ela havia feito uma acusação falsa de estupro e, portanto, foi multada de acordo. “Eles estão me transformando de vítima em criminosa”, disse a ex-competidora do programa de televisão Germany Next Top Model ao jornal Der Spiegel. “Eu preciso ser assassinada primeiro? As autoridades só irão entender assim?”, questionou Gina-Lisa.
Sob pressão, legisladores alemães estão planejando modificações para que a resistência verbal também passe a representar estupro no país. Além disso, a proposta puniria investidas sexuais agressivas por parte de indivíduos ou grupos. “Nós precisamos de um endurecimento na lei para que finalmente a autodeterminação sexual seja protegida incondicionalmente na Alemanha”, afirmou a ministra de questões familiares do país, Manuela Schwesig, ao Der Spiegel. “Dizer ‘pare!’ é claro o suficiente”, declarou.
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