Misterioso assassinato de motorista de aplicativo revela ignições improvisadas e indícios de crime não premeditado em área de Maceió.

Na última quarta-feira, 20, um crime brutal chocou a comunidade de Maceió, onde o corpo de Márcio Vieira, um motorista de aplicativo de 38 anos, foi encontrado em uma área de canavial no bairro Benedito Bentes. A descoberta do veículo parcialmente carbonizado e a informação de que havia três pontos de ignição de fogo no interior do carro levantaram sérias suspeitas sobre as circunstâncias de sua morte.

O delegado Tiago Prado, que lidera as investigações, revelou detalhes alarmantes sobre o estado do veículo. Um ponto de ignição estava localizado no interior, outro na entrada do tanque de combustíveis e o terceiro no motor, o que indica uma tentativa de incinerar o carro. “O que encontramos sugere que o autor do crime não tinha experiência, pois não tomou as precauções necessárias para garantir que o fogo consumisse completamente o veículo. Não parece ser um crime premeditado”, explicou o delegado. Segundo ele, um criminoso planejado teria utilizado métodos mais eficazes para alcançar seu objetivo.

Márcio não só passou por momentos de terror antes de sua morte, mas também foi violentamente atacado, sofrendo cerca de 20 golpes de arma branca, atingindo regiões vitais como o pescoço, cabeça e tórax. Chocantemente, ele foi encontrado em condições que sugerem que houve uma luta intensa. A possibilidade de involução de outros indivíduos no crime está sendo investigada, e o delegado mencionou que evidências estão sendo analisadas na esperança de que impressões digitais possam permitir a identificação dos suspeitos.

A tragédia se desenrolou após Márcio ter realizado uma corrida pelo aplicativo, momento em que ele desapareceu. Sua família utilizou um sistema de rastreamento em tempo real para localizar o veículo, que foi desligado minutos antes do corpo ser encontrado. Com um último sinal de contato registrado por volta das 3h20, a situação se agravou nas horas seguintes, com a localização do carro e, posteriormente, do corpo.

Márcio residia no conjunto Parque dos Caetés e, além de ser casado, era presbítero da Assembleia de Deus do Brás em Alagoas. A brutalidade do crime e a insegurança crescente para trabalhadores de aplicativos levantam questões sérias sobre a proteção e o cuidado que esses profissionais devem ter em um ambiente onde a violência e a criminalidade parecem estar em ascensão. As investigações continuam, e a comunidade espera ansiosamente por respostas que possam trazer justiça ao caso de Márcio Vieira.

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