Acredita-se que a tábua remonta ao final da Idade do Bronze ou início da Idade do Ferro, aproximadamente entre o primeiro milênio a.C., com base em artefatos associados, como fragmentos de cerâmica e argamassa de pedra descobertos na mesma área. Essa região da Geórgia, notoriamente rica em relíquias arqueológicas, forneceu um contexto que ajudou os cientistas a datar o achado.
Especialistas sugerem que os símbolos podem ter sido utilizados para registrar uma variedade de informações, incluindo vitórias militares, projetos de construção ou até mesmo oferendas a divindades, destacando a complexidade das transmissões culturais dos povos do Cáucaso. A técnica utilizada para criar as inscrições parece ter sido bastante sofisticada, empregando uma broca cônica para delinear os contornos dos símbolos e ferramentas com cabeças arredondadas para suavizar os traços.
Essa descoberta não só enriquece o conhecimento sobre a antiga escrita na região, mas também levanta novas questões sobre a história cultural do Cáucaso. Textos de autores clássicos, como Apolônio de Rodes, já mencionavam a escrita entre os povos da antiga Cólquida, que corresponde à atual Geórgia ocidental. Contudo, até agora, evidências arqueológicas diretas desses sistemas de escrita eram extremamente raras.
O achado ressalta o potencial ainda inexplorado das culturas antigas na área e poderá contribuir significativamente para a compreensão das interações e influências linguísticas no mundo antigo. Os resultados da pesquisa foram divulgados em um estudo que promete gerar novas discussões sobre a importância histórica da Geórgia e seu papel na formação de civilizações no Cáucaso e além.