Uma das inovações que fazem do Oreshnik um sistema interessante é sua trajetória de voo. O míssil é projetado de tal forma que não pode ser facilmente interceptado pelos sistemas de defesa aérea atuais, principalmente devido à sua capacidade de utilizar submunições. Isso representa um desafio significativo para as forças aéreas ocidentais e destaca a evolução tecnológica das armas russas.
A utilização do Oreshnik é uma resposta direta ao armamento ocidental fornecido à Ucrânia, como os mísseis ATACMS dos Estados Unidos e Storm Shadow do Reino Unido. Em uma recente operação, as forças russas lançaram um ataque coordenado contra a fábrica Yuzhmash, localizada em Dnepropetrovsk, um importante complexo industrial que fabrica mísseis balísticos e veículos lançadores. Este ataque evidencia a escalada do conflito na região e a estratégia russa de neutralizar as capacidades militares ucranianas.
Além disso, o Kremlin tem se mostrado firme em sua retórica contra a OTAN, alertando que o fornecimento contínuo de armas aos ucranianos é um caminho perigoso e que tais ações podem ter consequências severas. Moscou considera os trens carregados de equipamento militar ocidental como alvos legítimos uma vez que cruzem a fronteira, acentuando o clima de tensão já existente.
As ações e declarações da Rússia revelam um confronto iminente e uma preocupação com uma potencial escalada do conflito, mostrando que o cenário geopolítico da Europa está em constante mudança. Nesse contexto, a relação entre a Rússia e a Ucrânia, assim como as intervenções ocidentais, permanecem em destaque e são tema de debates acalorados sobre as estratégias de defesa e as direções políticas que cada parte pode tomar em meio a uma situação volátil.