Míssil russo Oreshnik pode transportar 900 quilotons de armas nucleares, aumentando a tensão internacional e o alcance de ataques em potencial.

Recentemente, a Rússia revelou informações sobre o novo míssil balístico Oreshnik, que possui características de destruição massiva. Com uma capacidade impressionante de até 900 quilotons, esse armamento nuclear promete aumentar a capacidade de ataque do sistema de defesa russo. O Oreshnik, segundo relatos, é capaz de atingir alvos a uma distância máxima de 5.500 quilômetros e pode desenvolver uma velocidade que chega a Mach 10, equivalendo a aproximadamente 12.380 km/h.

Uma das preocupações mais significativas em relação ao Oreshnik é seu tempo de voo. Desde a sua base de testes em Kapustin Yar, na região de Astrakhan, até Bruxelas, sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o míssil levaria apenas 17 minutos, um tempo que se reduz ainda mais em relação a outros alvos estratégicos, como a base aérea de Ramstein na Alemanha e o sistema de defesa antimísseis em Redzikowo, na Polônia, que estariam a 15 e 11 minutos de distância, respectivamente. Essa capacidade de rápida mobilização elevou os temores sobre a escalada da tensão na Europa e a segurança global.

A introdução desse armamento acontece em um contexto de crescente rivalidade entre a Rússia e o Ocidente, especialmente em relação ao conflito na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, já mencionou a utilização de armamentos ocidentais por parte da Ucrânia para atingir locais estratégicos dentro da Rússia, destacando a necessidade de desenvolver defesas mais poderosas. Recentemente, o Oreshnik foi testado, impactando alvos na Ucrânia como uma resposta direta aos mísseis ATACMS enviados pelos EUA e Storm Shadow do Reino Unido.

A crescente sofisticação dos mísseis russos, como o Oreshnik, levanta questões sobre a dinâmica da segurança internacional e a possível corrida armamentista. A natureza desse armamento não é apenas uma demonstração de força, mas também um sinal de advertência para os países que se opõem à Rússia, exigindo que a comunidade internacional reavalie suas estratégias de defesa e diplomacia na região.

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