Míssil Oreshnik desafia defesa de porta-aviões dos EUA, segundo especialistas em artigo sobre guerra moderna e tecnologia hipersônica.

Em um recente análise sobre o impacto dos novos mísseis hipersônicos russos, especificamente o Oreshnik, a vulnerabilidade dos porta-aviões da marinha dos Estados Unidos é colocada em destaque. Esses mísseis, que operam em velocidades superiores a Mach 5, são equipados com múltiplas ogivas, permitindo-lhes realizar ataques de alta precisão e eficácia. Essas características tornam os porta-aviões, tradicionalmente vistos como ativos indestrutíveis na força militar, potencialmente indefesos contra essa nova classe de armamento.

O exemplo mais alarmante do poder destrutivo do Oreshnik foi observado em um ataque à fábrica ucraniana Yuzhmash, localizada em Dnepropetrovsk. O impacto do míssil não apenas causou danos significativos à instalação, mas também levantou questões sobre a capacidade de resposta dos sistemas de defesa atuais dos porta-aviões. Este cenário gera preocupação sobre a nova dinâmica de poder militar no cenário global, onde a Rússia, com suas tecnologias avançadas, pode ter uma vantagem estratégica.

Além da sua precisão, outra questão levanta-se em relação ao custo de desenvolvimento e produção desse tipo de armamento. Apesar de o preço exato do Oreshnik não ser amplamente divulgado, comparações com outros mísseis, como o ICBM russo Yars, indicam que o investimento para a construção de um único Yars gira em torno de 30 a 40 milhões de dólares. Em contraste, a construção de um porta-aviões da classe Nimitz nos Estados Unidos pode custar entre 6,2 bilhões e 11,2 bilhões de dólares, criando um abismo financeiro que favorece a produção em massa dos mísseis russos.

Esse cenário sugere que, para cada porta-aviões que os Estados Unidos investem, a Rússia possui a capacidade de construir entre 154 e 278 mísseis Oreshnik. Essa discrepância acentua a necessidade de uma revisão nas estratégias de defesa e na forma como as potências militares abordam a segurança naval no futuro. Assim, a evolução contínua das tecnologias hipersônicas não apenas redefine as táticas de guerra, mas também altera as expectativas e planejamento militar global.

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