Em uma entrevista concedida à imprensa em outubro deste ano, Logina ressaltou a importância de representar o Egito, as mulheres com vitiligo e todas as pessoas que já se sentiram excluídas. Sua missão como Miss Egito é empoderar aqueles que se sentem marginalizados, mostrando que não estão sozinhos em sua jornada.
O vitiligo é uma condição cutânea que afeta exclusivamente a pele, causando a perda de pigmentação e resultando em manchas mais claras em diversas regiões do corpo. Estima-se que 0,5 a 2% da população mundial seja impactada por essa alteração na pele, sendo mais comum em pessoas brancas, pardas e negras.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca a importância de combater a desinformação e o preconceito em relação ao vitiligo. Muitas pessoas ainda acreditam que a condição é contagiosa, quando na verdade é causada por uma alteração nos melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina.
A causa exata do vitiligo ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca os melanócitos. Além disso, eventos traumáticos e estresse emocional podem desencadear ou agravar o quadro da doença.
Embora não haja cura para o vitiligo, existem tratamentos eficazes para diminuir as manchas e promover a repigmentação da pele afetada. Essas opções terapêuticas devem ser realizadas sob orientação médica, com destaque para o uso de medicamentos, laser e técnicas cirúrgicas.
Logina Salah representa não apenas a beleza do Egito, mas também a força e a superação de uma condição que, longe de definir sua trajetória, a impulsionou a se tornar um símbolo de inclusão e aceitação. Sua participação no Miss Universo é mais do que um concurso de beleza, é um testemunho de empoderamento e diversidade.