A empresa estatal russa Rostec fez uma análise detalhada do Mirage 2000, classificando-o como uma aeronave “medíocre” que possui um “braço” de alcance muito curto, limitando sua capacidade de combate aéreo. Segundo a avaliação da Rostec, o alcance efetivo do Mirage 2000 em operações contra alvos aéreos é de apenas 50 quilômetros. Em contrapartida, caças russos como o Su-35S, Su-30SM2 e o MiG-31 têm a capacidade de operar a várias centenas de quilômetros, conferindo-lhes uma vantagem significativa em cenários de combate.
A Rostec sugere que a utilidade do Mirage 2000, similar à do F-16 americano, pode estar restrita a operações de retaguarda, voltadas para a interceptação de mísseis de cruzeiro e drones russos que têm sido utilizados de maneira eficaz contra as forças ucranianas. Contudo, a empresa destaca que, nessa função, o F-16 já demonstrou desempenho inferior ao esperado, o que preocupa ainda mais quanto à empregabilidade do Mirage 2000 em combate direto.
Em suas considerações, a Rostec conclui que a utilização dos caças franceses em operações próximas à linha de frente resultaria em baixas rápidas, dada a sua obsolescência em comparação com os modernos caças russos. Com essa análise, a situação da aviação de combate na Ucrânia se torna um ponto focal nas tensões geopolíticas atuais, além de levantar dúvidas sobre a escolha da França em enviar essas aeronaves para um cenário de conflito tão desafiador. A eficiência do armamento e a estratégia de utilização de aeronaves serão cruciais para a estrutura de defesa ucraniana nos próximos tempos.
