A inelegibilidade de Bolsonaro, um desdobramento de sua condenação por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, foi decretada em junho de 2023 após um julgamento no TSE. Esta decisão está atrelada a um discurso controverso feito pelo ex-presidente a embaixadores em julho de 2022, onde ele questionou a integridade do processo eleitoral brasileiro, levantando dúvidas sobre a eficiência das urnas eletrônicas sem apresentar provas concretas.
A frustração entre aliados de Bolsonaro se intensifica, especialmente considerando a recente vitória de Donald Trump nas eleições estadunidenses, que alguns acreditavam que poderia energizar a base política de Bolsonaro e ajudar na reversão de sua inelegibilidade. No entanto, membros das cortes superiores demonstram uma firme posição de que as decisões judiciais relacionadas a essa questão não devem ser influenciadas por contextos externos, como a política dos Estados Unidos.
Enquanto Bolsonaro enfrenta sua condição de inelegibilidade, a perspectiva de sua candidatura futura permanece nebulosa. A atuação do STF e do TSE indica um cenário onde os apoios e pressões políticas são tratados de maneira cautelosa, reafirmando a separação entre os processos eleitorais e a vontade de grupos ou personalidades que buscam reverter decisões judiciais.
A dificuldade de Bolsonaro em retomar sua trajetória política em um eventual futuro eleitoral reflete as complexidades da legislação brasileira e a atuação firme de suas instituições. Com isso, a batalha política que se desenha nos próximos anos terá novos contornos, enquanto ele tenta navegar em um cenário que depois de tantas reviravoltas pode não lhe permitir uma nova chance no poder.