Recentemente, na quinta-feira (11), a agência oficial de notícias do Catar, QNA, divulgou a convocação para essa cúpula extraordinária que reunirá líderes árabes e islâmicos nos dias 14 e 15 de setembro. Durante a reunião preparatória, os ministros discutem a elaboração da chamada Declaração de Doha, a qual será apresentada aos líderes para aprovação durante a cúpula de amanhã.
As negociações estão sendo realizadas a portas fechadas, e a expectativa é de que, ao término do encontro preparatório, seja realizada uma coletiva de imprensa. Neste evento, serão divulgados os principais pontos da declaração que deverá ser ratificada pelos líderes presentes.
As tensões aumentaram após Israel ter lançado ataques contra negociadores seniores do movimento palestino Hamas que se encontravam em Doha. Relatos indicam que Israel notificou as autoridades dos Estados Unidos e do Catar antes de realizar os ataques, que ocorreram na última terça-feira (9). O ataque resultou em fatalidades, incluindo a morte de cinco membros do Hamas e de um agente de segurança catariano.
Diante da gravidade da situação, a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, procurou se distanciar do ocorrido, afirmando que a decisão de atacar foi tomada de maneira independente pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Trump também assegurou ao Catar que tal ação não se repetiria.
As reações à ofensiva israelense foram contundentes. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, não hesitou em classificar os ataques como uma violação da soberania do Catar, ressaltando que “a segurança do Catar é parte integral da segurança árabe e islâmica”. A cúpula de emergência que se aproxima promete intensificar o debate sobre a situação da segurança na região e as relações entre os países envolvidos.