A PEC da Blindagem, segundo o ministro, deveria ser renomeada para PEC da Impunidade, uma vez que acredita que a proposta oferece muito mais proteção aos políticos em comparação à proteção que os cidadãos comuns têm. Ele enfatizou a relevância de manter a proteção dos direitos do cidadão, afirmando que a medida está em desacordo com os princípios democráticos do Brasil. “Os políticos já gozam de uma série de privilégios, e esta PEC vem apenas reforçar essa situação. O cidadão, por outro lado, é quem enfrenta a falta de garantias em diversas situações”, argumentou Macêdo.
O ministro não hesitou em criticar seus colegas de partido, reiterando que o erro cometido pelos parlamentares deve ser reconhecido. “Opiniões divergentes são legítimas, mas no caso específico, essa posição contrária à PEC precisa ser reafirmada. Se eu estivesse na posição deles, pediria desculpas, pois isso representaria um erro político e uma falha na compreensão do debate que estava em andamento”, afirmou.
A PEC da Blindagem foi aprovada na Câmara dos Deputados com 353 votos a favor e 134 contra, provocando um intenso debate entre os membros do Congresso e a sociedade civil. Macêdo ressalta que a discussão em torno da proposta é vital para a manutenção da democracia brasileira e que se faz necessário um olhar crítico sobre dispositivos que podem fomentar desigualdades sistêmicas no país.
Em suma, a postura de Márcio Macêdo reflete uma preocupação não apenas com a imagem do PT, mas também com os valores democráticos e a justiça social, fundamentais para o desenvolvimento político e social do Brasil.