Ministro Márcio Macêdo critica colegas do PT por apoio à PEC da Blindagem e pede desculpas à população: ‘Erro político e de compreensão’

O Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, um dos principais aliados do presidente Lula e membro do Partido dos Trabalhadores (PT) há 39 anos, expressou sua discrepância em relação à recente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) conhecida como da Blindagem. Durante uma entrevista, Macêdo declarou que os 12 deputados federais do seu partido que votaram a favor da PEC estavam equivocados e deveriam, na sua visão, desculpar-se com a população.

A PEC da Blindagem, segundo o ministro, deveria ser renomeada para PEC da Impunidade, uma vez que acredita que a proposta oferece muito mais proteção aos políticos em comparação à proteção que os cidadãos comuns têm. Ele enfatizou a relevância de manter a proteção dos direitos do cidadão, afirmando que a medida está em desacordo com os princípios democráticos do Brasil. “Os políticos já gozam de uma série de privilégios, e esta PEC vem apenas reforçar essa situação. O cidadão, por outro lado, é quem enfrenta a falta de garantias em diversas situações”, argumentou Macêdo.

O ministro não hesitou em criticar seus colegas de partido, reiterando que o erro cometido pelos parlamentares deve ser reconhecido. “Opiniões divergentes são legítimas, mas no caso específico, essa posição contrária à PEC precisa ser reafirmada. Se eu estivesse na posição deles, pediria desculpas, pois isso representaria um erro político e uma falha na compreensão do debate que estava em andamento”, afirmou.

A PEC da Blindagem foi aprovada na Câmara dos Deputados com 353 votos a favor e 134 contra, provocando um intenso debate entre os membros do Congresso e a sociedade civil. Macêdo ressalta que a discussão em torno da proposta é vital para a manutenção da democracia brasileira e que se faz necessário um olhar crítico sobre dispositivos que podem fomentar desigualdades sistêmicas no país.

Em suma, a postura de Márcio Macêdo reflete uma preocupação não apenas com a imagem do PT, mas também com os valores democráticos e a justiça social, fundamentais para o desenvolvimento político e social do Brasil.

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