“Desde o primeiro dia dissemos que Israel foi atacado e tem pleno direito de se defender. Entretanto, ao mesmo tempo, pedimos que respeitasse o direito humanitário e não causasse danos a civis inocentes e indefesos”, afirmou Tajani. Ele enfatizou a distinção entre o povo palestino e o Hamas, apontando que “Gaza não é o Hamas, os palestinos não são o Hamas. Eles são as primeiras vítimas do Hamas.” A indignação do ministro reflete a crescente preocupação com o bem-estar da população civil em Gaza, que, segundo ele, tem sofrido com as operações militares que ultrapassam a justificativa de autodefesa.
Além de abordar a questão da legítima defesa, Tajani criticou a construção de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia, que considera um obstáculo significativo para a solução de dois Estados. “Nós confirmamos nosso apoio a sanções contra colonos”, declarou, acrescentando que o governo italiano está disposto a trabalhar com outros países, como a Alemanha, para avaliar novas sanções comerciais por meio da Comissão Europeia. Contudo, Tajani fez questão de ressaltar que estas medidas não devem afetar a população multiétnica de Israel.
As declarações de Tajani refletem um crescendo de pressão diplomática de várias nações da Europa sobre Israel, principalmente em meio a críticas globais a respeito do impacto humanitário do conflito em Gaza e da contínua expansão das colonizações nos territórios palestinos ocupados. A situação atual demanda um olhar atento das lideranças internacionais, que buscam equilibrar a defesa dos direitos de todas as partes envolvidas enquanto tentam promover uma paz duradoura na região.