Dino argumentou que o ato de violência poderia ser visto como um reflexo das consequências da anistia concedida a vários envolvidos na invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021. Segundo ele, o perdão oferecido a esses indivíduos não necessariamente resulta em pacificação, uma ideia que, segundo Dino, deve ser repensada. Ele afirmou: “Ontem, infelizmente, houve um grave crime político. Um jovem, que representa uma posição política alinhada ao atual presidente dos EUA, foi alvo de um atentado. É curioso notar a ideia de que anistia e perdão equivalem à paz. O perdão foi dado nos EUA, e a paz ainda permanece distante.” Para Dino, a verdadeira paz não se baseia no esquecimento, mas sim no funcionamento adequado das instituições que mantêm a ordem e a justiça.
Este debate ocorre em um contexto onde Donald Trump, ao reassumir a presidência, havia perdoado cerca de 1.500 pessoas acusadas de participar daquela invasão ao Capitólio em um momento conturbado da história política dos EUA. Esse ataque, que visava impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020, culminou em um saldo trágico, com a morte de cinco pessoas. A ordem executiva de Trump foi abrangente, incluindo todos os investigados por crimes relacionados aos eventos do Capitólio entre 6 e 20 de janeiro.
Diante deste cenário, as palavras de Flávio Dino levantam questões cruciais sobre a relação entre anistia, política e a segurança em um ambiente democrático, um tema que segue em alta relevância tanto no Brasil quanto no exterior.