O encontro no STF, que contou com a presença de ministros, autoridades do governo, procuradores e os presidentes da Câmara e do Senado, foi marcado por tensão e troca de farpas entre Dino e Lira. No entanto, um acordo foi alcançado para a liberação das emendas parlamentares suspensas, mediante a adoção de novas regras de transparência.
A atitude de Dino no dia seguinte à reunião evidencia que a tensão entre ele e Lira está longe de se dissipar. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública agora busca reforçar o controle sobre as emendas parlamentares, especialmente aquelas envolvidas em investigações de possíveis irregularidades.
O caso dos kits de robótica, que resultou na Operação Hefesto em 2023, revelou desvios milionários na compra dos equipamentos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A investigação apontou indícios de utilização de parte do dinheiro para construir uma residência para Luciano Cavalcante, assessor de Lira, além de pagamentos suspeitos a um indivíduo identificado como “Arthur”.
A movimentação de Dino, ao encaminhar os processos à PGR, pode reabrir um inquérito arquivado anteriormente por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF. A situação coloca Lira em uma posição delicada, sobretudo enquanto tenta manter o controle sobre as emendas parlamentares e apoiar um sucessor na presidência da Câmara.
O gesto estratégico de Dino aumenta a pressão sobre Lira em um momento crucial, com possíveis desdobramentos significativos para a política nacional. A tensão entre os dois ficou evidente no embate ocorrido durante a reunião no STF, e a nova movimentação de Dino promete desencadear um novo capítulo na disputa política entre os dois, com potenciais implicações para o cenário político do país.