Dino se referiu a um recorde alarmante de 81 solicitações de impeachment, uma ocorrência sem precedentes na história do Brasil e, possivelmente, em outros países. O ministro fez questão de expressar sua indignação em relação a esse fenômeno, que ele vê como um ataque à autonomia do Judiciário e uma tentativa de deslegitimar a atuação dos magistrados da mais alta Corte do país. Ele também elogiou a recente decisão do ministro Gilmar Mendes, que impôs restrições sobre quem pode apresentar tais pedidos, considerando-a uma medida necessária diante do “exagero” e do “desequilíbrio” que afligem o ambiente político atual.
Em sua análise, Flávio Dino observou que o aumento indiscriminado de denúncias tem gerado um clima de instabilidade e incerteza, onde ações de cunho político têm se sobreposto a questões jurídicas legítimas. Para ele, essa situação é sintomática de um cenário onde há “gritaria demais e reflexão de menos”, apontando a urgência de um debate mais racional e menos sensationalista. Ao reafirmar seu compromisso com a integridade do sistema judiciário, Dino sublinhou a importância de proteger as instituições democráticas, num momento em que o respeito às decisões judiciais está sendo desafiado de maneira inédita.
A defesa de Dino em favor de Moraes e a crítica ao fluxo de pedidos de impeachment ressaltam a tensão crescente entre os poderes Executivo e Judiciário, evidenciando a necessidade de um diálogo construtivo para a manutenção da estabilidade democrática no país.
