A origem do conflito remonta a uma polêmica ocorrida na madrugada do dia 31 de outubro de 2022. Durante essa noite, Renan Filho e Rafael Brito teriam utilizado um trio elétrico em frente à residência do casal, localizada na orla de Maceió. De acordo com o processo judicial, os políticos dispararam ofensas pelo microfone do carro de som, amplificadas a um volume que perturbou o sossego da vizinhança e da própria família.
Marina Candia, que se encontrava em casa com a filha pequena, compartilhou nas redes sociais sua angústia e insegurança diante da situação. Em seu relato, ela descreveu o episódio como uma forma clara de intimidação e um ataque à sua família, motivado por razões políticas. O descontentamento gerado pelo evento não se limitou à esfera pessoal, mas também gerou uma onda de repercussão pública, levantando questões sobre os limites da política e o respeito à esfera privada.
A decisão da Justiça de Alagoas foi clara ao afirmar que houve uma violação da intimidade e da dignidade da família Caldas. Os juízes responsáveis pela sentença consideraram a abordagem dos políticos como desproporcional e profundamente ofensiva, confirmando assim a necessidade de reparação financeira por parte dos condenados. Essa determinação não apenas ressalta a necessidade de responsabilidade no discurso político, mas também a proteção das instituições familiares contra ações que possam ser consideradas abusivas ou agressivas.
A condenação representa mais um capítulo nas tensões políticas em Alagoas, levantando questionamentos sobre a natureza das campanhas e a responsabilidade dos agentes públicos em suas interações com adversários políticos e suas famílias. Renan Filho e Rafael Brito terão agora a obrigação de arcar com a indenização, um desfecho que não apenas marca um ponto negativo em suas trajetórias, mas também aponta para uma crescente vigilância da sociedade em relação ao comportamento de seus representantes.