A juíza Isabel Begalli Rodriguez, responsável pelo caso na esfera estadual, cobrou celeridade do Instituto de Criminalística e intimou o diretor do instituto, Evandro Peres Ribeiro. A falta deste laudo levou a juíza a expedir um mandado de intimação ao diretor do IC para a apresentação do documento em 5 dias, sob pena de desobediência.
Em agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo já havia negado um pedido de liberdade para Sauceda, uma vez que o IC havia sido cobrado para apresentar o laudo do local do acidente.
Com a decisão do STJ, o empresário Igor Ferreira Sauceda continuará preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na região metropolitana. Ele é réu por homicídio triplamente qualificado, sendo acusado de cometer o crime por motivo fútil, empregando meio cruel e dificultando a defesa da vítima.
A denúncia do Ministério Público de São Paulo aponta que Igor deliberou matar o motoboy Pedro Kaique Ventura por se irritar com o fato de sua motocicleta danificar seu carro durante uma colisão de trânsito. O MP também destaca a brutalidade do crime, em que Igor acelerou o carro na direção da motocicleta da vítima, atropelando-a e arrastando-a por alguns metros.
Durante a audiência de custódia, a juíza Vivian Brenner de Oliveira converteu a prisão em preventiva, afirmando que o empresário usou seu Porsche “como uma arma” para perseguir e matar o motoboy. Imagens do atropelamento mostram o momento exato em que o Porsche amarelo acerta a motocicleta de Pedro Kaique Ventura. A cena, divulgada posteriormente, apresenta a colisão e a rápida sequência de eventos que resultaram na morte do motoboy.
O caso segue em andamento, com a justiça aguardando a apresentação do laudo do Instituto de Criminalística para dar continuidade ao processo. A sociedade aguarda por justiça e punição adequada para o crime brutal que chocou a cidade de São Paulo.