Toledo, que atuou como o quinto ministro a votar, não apenas se posicionou a favor da defesa, mas argumentou firmemente sobre a importância de garantir o amplo direito de defesa no processo judicial. Em suas palavras, ele ressaltou que sua decisão não se tratava de absolver a ré, mas de proporcionar uma nova e justa reconstituição do processo. A sua intervenção foi decisiva para igualar uma votação que estava em 3 a 2, garantindo assim a anulação da condenação e a possibilidade de um novo julgamento.
O cerne da discussão no STJ orbitou em torno de alegações da defesa sobre cerceamento de defesa, com a reclamação de que não teve acesso a provas cruciais, como o depoimento de um réu envolvido no caso. A defesa apresentou motivos sólidos que levavam a uma reflexão substancial sobre a equidade no processo judicial. Em contrapartida, o Ministério Público manteve posição firme pedindo a prisão imediata de Adriana, alegando que o crime foi motivado por desavenças financeiras com os pais e que houve envolvimento ativo de um porteiro na execução do crime, que também teria recebido um pagamento da arquiteta.
O massacre da 113 Sul, que ocorreu em agosto de 2009, continua a ecoar na memória da sociedade brasileira. Os três mortos foram brutalmente atacados, recebendo mais de 70 facadas. O responsável pela execução dos crimes, Paulo Cardoso Santana, foi condenado a 62 anos de prisão, enquanto outros coautores receberam penas pesadas também. Com o novo desdobramento, o futuro de Adriana Villela se torna cada vez mais incerto, à medida que um novo processo se aproxima. A sociedade aguarda ansiosamente por mais desdobramentos neste caso que comove e choca, refletindo as complexidades do sistema judicial e os direitos fundamentais de defesa.