Ministro do STF rejeita pedido de anulação de decisões da Lava Jato de Sérgio Cabral após acusação de conluio com Sergio Moro.



Na última quinta-feira, 28 de março, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão importante em relação ao pedido do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no processo da Operação Lava Jato que resultou em sua prisão preventiva, em 2016.

O caso em questão envolveu o pagamento de propinas por empreiteiras em contratos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo a denúncia, a empreiteira Andrade Gutierrez pagava propina a Cabral em grandes projetos realizados no estado. No caso específico do Comperj, o valor do contrato inicial era de quase R$ 820 milhões, mas acabou subindo para cerca de R$ 1,18 bilhão.

A defesa de Cabral solicitou a anulação de atos e decisões anteriores, alegando um suposto “conluio” entre o juiz Sergio Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Eles argumentaram que esse entendimento já havia sido aplicado em casos anteriores, como o de Marcelo Odebrecht.

No entanto, o ministro Toffoli rejeitou o pedido, afirmando que não havia relação direta com o precedente citado. Ele destacou que para reconhecer um possível conluio, seria necessário analisar fatos e provas diferentes dos já avaliados pela Corte.

Sérgio Cabral foi condenado por Moro a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Após cumprir parte da pena, o ex-governador deixou a prisão em dezembro de 2022. A condenação foi confirmada em segunda instância, mas os recursos apresentados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao STF ainda aguardam julgamento.

Essa decisão de Toffoli marca mais um capítulo nas investigações envolvendo Sérgio Cabral e a Operação Lava Jato, mostrando a complexidade e a importância do sistema judiciário brasileiro na punição de casos de corrupção. A busca por justiça e transparência segue sendo um objetivo central nesses processos.

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