O ex-assessor foi implicado na delação de Mauro Cid, que afirmou que Martins teria entregue ao ex-presidente Bolsonaro um documento sugestivo de Golpe de Estado. No entanto, em seu depoimento à PF, Martins negou veementemente as acusações e contradisse as informações fornecidas por Cid.
O ministro Flávio Dino justificou sua decisão de negar o pedido de habeas corpus com base na decisão prévia da Corte, especialmente a autorização concedida pelo ministro Alexandre de Moraes em fevereiro. Essa decisão permitiu que a PF realizasse as ações necessárias para investigar a possível tentativa de Golpe, e a prisão preventiva foi autorizada devido ao temor de fuga do investigado, com base em indícios como a presença do ex-assessor em uma lista de passageiros de um voo com destino a Orlando.
Apesar dos esforços da defesa de Martins em apresentar provas, como recibos do aplicativo iFood, bilhetes aéreos e comprovantes bancários que indicariam sua presença no Brasil durante o período da suposta viagem para a Flórida, tais evidências não foram consideradas suficientes para reverter a decisão do ministro.
Dessa forma, a negativa do habeas corpus representa mais um capítulo nesse complexo e polêmico caso, envolvendo altos escalões do governo e investigações de grande repercussão nacional. A decisão de Flávio Dino reforça a importância da preservação do Estado Democrático de Direito e da aplicação rigorosa da lei em situações de grande gravidade como essa.