Os advogados alegaram que as acusações contra Braga Netto referem-se a eventos passados e não há justificativa contemporânea para a prisão preventiva do general. No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou a manutenção da prisão, argumentando que as razões que levaram à detenção do militar ainda são válidas.
A decisão de Moraes foi tomada após o parecer da PGR, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, enfatizando que as medidas cautelares não seriam suficientes para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. Braga Netto foi preso no dia 14 deste mês, por determinação do ministro, que é o relator do inquérito sobre a tentativa de golpe.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o general estaria obstruindo a apuração da tentativa de golpe de Estado no país, visando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O indiciamento de Braga Netto como um dos principais articuladores do plano golpista baseia-se na tentativa de acesso a informações confidenciais da delação de Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro.
Após a prisão, a defesa do general negou que ele tenha obstruído as investigações. A permanência da prisão de Braga Netto demonstra a continuidade das investigações no âmbito do STF em relação ao suposto golpe de Estado articulado após as eleições de 2022.