Mesmo mantendo a prisão de Rivaldo Barbosa, o ministro determinou que a administração do presídio federal de Brasília avalie o estado de saúde do delegado e informe se há necessidade de atendimento médico especializado. Além de Barbosa, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal (União-RJ), Chiquinho Brazão, também foram denunciados ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por homicídio e organização criminosa, permanecendo todos presos por determinação de Moraes.
Segundo as investigações, o delegado teria dado instruções, a mando dos irmãos Brazão, para a realização dos disparos que vitimaram Marielle e o motorista Anderson Gomes. A PGR argumenta que a vereadora foi assassinada para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política. A denúncia aponta que Rivaldo orientou que o crime não fosse executado em trajetos que levassem ou seguissem para a Câmara Municipal, com o objetivo de dissimular a motivação política do assassinato.
Após a apresentação da denúncia, a defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato, que implicou o delegado e os irmãos Brazão no crime. Este desenrolar dos fatos mostra a complexidade e a gravidade das investigações em torno do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, evidenciando a necessidade de se esclarecer os reais responsáveis por esse crime hediondo.