Moraes explicou que Silveira teve a oportunidade durante a audiência de custódia para esclarecer os motivos do descumprimento das condições da liberdade condicional, mas optou por omitir sua estada em outro endereço residencial.
O ex-parlamentar havia sido solto por decisão do próprio Moraes na última sexta-feira (20), porém, segundo o ministro, Silveira permaneceu fora de casa na noite de sábado (21) e início da madrugada de domingo (22). Por conta disso, sua liberdade condicional foi revogada e ele foi encaminhado para a Cadeia Pública de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro.
A liberdade de Silveira estava condicionada à permanência em sua residência em Petrópolis, na região serrana fluminense, das 22h às 6h, sem autorização judicial para se ausentar. No entanto, no sábado, ele saiu de casa e retornou apenas às 2h16 do domingo.
A defesa alegou que Silveira precisou de atendimento médico de emergência devido a uma crise renal e, por isso, não foi possível solicitar autorização ao Judiciário. Os advogados informaram que ele permaneceu no hospital das 22h59 de sábado até 0h34 de domingo.
Moraes, ao manter a prisão, citou a movimentação de Silveira com base no GPS da tornozeleira eletrônica. O ex-deputado saiu de casa às 20h52, dirigiu-se a um outro endereço em um condomínio residencial no mesmo município e permaneceu lá até as 21h30. Em seguida, dirigiu-se ao hospital, onde permaneceu das 22h16 até 0h44 do dia seguinte. Posteriormente, retornou ao condomínio por volta das 1h54 e só voltou para casa às 2h16.
Portanto, diante do descumprimento dos termos da liberdade condicional, Moraes decidiu manter a prisão de Daniel Silveira. A situação ainda continua sob análise e novas informações podem surgir à medida que o caso se desenrola.
