Durante o depoimento, Rocha afirmou que Lira teria interferido diretamente para redirecionar uma quantia significativa de R$ 320 milhões em emendas parlamentares para Alagoas, estado de origem do ex-presidente da Câmara. O deputado também revelou que, em 12 de dezembro, tentou seguir uma determinação de Flávio Dino para identificar os autores das emendas propostas pela comissão, mas foi impedido por Lira, que emitiu um ato suspendendo a reunião.
Esses fatos reforçam as suspeitas de que Arthur Lira pode ter agido para obstruir a transparência e evitar a revelação dos responsáveis pelo direcionamento das emendas. “Formalizei à PF aquilo que já vinha dizendo publicamente: Arthur Lira impediu que eu cumprisse determinação do ministro Flávio Dino de apresentar os nomes dos autores de todas as emendas propostas pela minha comissão”, declarou Rocha ao UOL.
A investigação em curso promete trazer novos desdobramentos sobre o uso de recursos públicos e a atuação de Lira no controle de verbas parlamentares, o que pode gerar uma ampliação da crise política em Brasília. A conduta do ex-presidente da Câmara dos Deputados está sob escrutínio e as revelações decorrentes dessas apurações podem trazer consequências significativas para o cenário político nacional. É importante aguardar os desdobramentos dessa investigação para entender o impacto que ela poderá ter na esfera política brasileira.
