Ministro do STF Gilmar Mendes vota contra proibição de linguagem neutra em escolas de Votorantim em decisão considerada inconstitucional.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, emitiu um voto contrário à lei que proíbe o uso da linguagem neutra em escolas do município de Votorantim, localizado no interior de São Paulo. Mendes destacou que a referida lei é inconstitucional, defendendo que cabe somente à União a competência de estabelecer as normas gerais para a educação.

Segundo o ministro, embora estados e municípios tenham a prerrogativa de criar leis complementares sobre educação, estas não podem contrariar as normas federais já estabelecidas. Dessa forma, Mendes alegou que a legislação municipal de Votorantim, ao proibir o uso da linguagem neutra, viola a competência da União nessa área.

O voto de Gilmar Mendes foi acompanhado pelo ministro Alexandre de Moraes, reforçando a posição contrária à lei em questão. A decisão dos ministros do STF gerou debates e repercussões, uma vez que o tema da linguagem neutra é controverso e polariza opiniões na sociedade brasileira.

A discussão sobre a linguagem neutra nas escolas tem sido pauta de diversos setores da sociedade, levantando questões sobre inclusão, diversidade e respeito à identidade de gênero. No entanto, a decisão do STF ressalta a importância do cumprimento da legislação vigente e o respeito às competências estabelecidas na Constituição brasileira.

Com esse voto contrário, o ministro Gilmar Mendes posiciona-se como defensor da legalidade e da harmonia entre os diferentes níveis de governo, contribuindo para a interpretação e aplicação das leis de forma coerente e respeitosa. A decisão do STF reforça a necessidade de um debate amplo e democrático sobre questões educacionais e sociais que impactam a sociedade como um todo.

Sair da versão mobile