Ministro do STF determina avaliação médica de Roberto Jefferson para decidir retorno a presídio de Bangu, no Rio, após dúvidas da PGR.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson, atualmente internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, teve sua situação novamente analisada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A determinação emitida nesta sexta-feira, 3, estabelece que Jefferson seja submetido a uma avaliação médica para avaliar a necessidade de retorno ao presídio de Bangu, no Rio de Janeiro.

A decisão de Moraes surge após a Procuradoria-Geral da República (PGR) levantar questionamentos sobre a possibilidade de alta médica para Jefferson, que está internado desde junho do ano passado. O ministro determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap-RJ) realize um exame médico-legal em até 15 dias para avaliar a continuidade do tratamento necessário ao ex-deputado.

Em junho de 2023, Moraes havia autorizado o tratamento de Jefferson no hospital após o ex-deputado sofrer uma queda no presídio de Bangu 8, onde estava detido desde então. Durante os sete meses de prisão, Jefferson perdeu 16 quilos, destacando a importância do acompanhamento médico necessário.

A psiquiatra Soraya Daher, responsável pelo tratamento do ex-deputado, enviou um laudo médico a Moraes, descrevendo o quadro de saúde de Jefferson e recomendando um tratamento psiquiátrico contínuo. No entanto, a PGR manifestou a necessidade de um exame médico para comprovar a condição de saúde do ex-deputado e verificar se o presídio de Bangu possui condições adequadas para oferecer o tratamento necessário.

A defesa de Roberto Jefferson argumenta que o tratamento médico não pode ser realizado no ambiente prisional, requerendo um acompanhamento especializado e multidisciplinar. Os advogados do ex-deputado alegam que a Seap-RJ não possui condições de oferecer o tratamento adequado, dada a complexidade do quadro de saúde de Jefferson.

Até o momento, a Seap-RJ não se pronunciou sobre o caso. A decisão de Moraes levanta questionamentos sobre a continuidade do tratamento de Roberto Jefferson e a necessidade de garantir os cuidados médicos adequados ao ex-deputado, considerando seu estado de saúde delicado.

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