Ministro do STF decreta nova ordem de prisão para bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos, contrariando PGR.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, surpreendeu a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao determinar uma nova ordem de prisão preventiva dos militantes bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos no dia 14 de setembro. Esta decisão revoltou a PGR, que não via motivos para a prisão dos acusados. Afinal, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não havia evidências de atividades ilegais recentes que justificassem a permanência dos acusados atrás das grades.

Eustáquio e Allan dos Santos são alvos de investigações por crimes como embaraçamento em investigações, violação de segredo, incitação ao crime e corrupção de menores. A Polícia Federal (PF) aponta que o grupo atuou nas redes sociais com o intuito de intimidar delegados que trabalham em inquéritos no STF.

Além da emissão de uma nova ordem de prisão, Moraes também determinou a apreensão do passaporte e o bloqueio das redes sociais do senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo. A PF solicitou a prisão do parlamentar, no entanto, tanto a PGR quanto o ministro do STF rejeitaram a medida.

A PF também realizou uma busca na residência de Eustáquio em Brasília, onde vivem sua esposa e filha adolescente. A investigação levanta suspeitas de que a jovem esteja sendo utilizada pelo bolsonarista para burlar as restrições impostas pelo STF. Atualmente, Eustáquio encontra-se na Espanha, onde solicitou asilo.

Esses desdobramentos recentes no âmbito do STF revelam a complexidade e a tensão presentes nas investigações envolvendo esses militantes bolsonaristas. A decisão de Moraes de decretar uma nova prisão e as polêmicas envolvendo a PGR e a PF mostram que o caso está longe de ser resolvido e promete continuar gerando debates e repercussões no cenário político brasileiro.