De acordo com investigações realizadas pela Polícia Federal e divulgadas com exclusividade pela colunista Bela Megale, foi revelado que o vídeo do encontro estava armazenado no computador do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. A PF afirmou que o vídeo “revela o arranjo de dinâmica golpista, no âmbito da alta cúpula do governo”.
Ao ser questionado sobre a reunião, Barros afirmou que havia recebido uma ligação do presidente pedindo para que se dirigisse ao Palácio do Alvorada. No entanto, o deputado não sabia que se tratava de uma reunião com todos os ministros. Ele destacou que falou “por pouquíssimos minutos” sobre a questão do voto impresso, da urna eletrônica e do relatório da PEC do voto impresso, algo que ele já havia abordado anteriormente.
Posteriormente, em nota divulgada pelo deputado, ele ressaltou que tinha passado “brevemente pelo encontro” e que sua participação se resumiu a atualizar os ministros sobre o tema.
Durante a reunião, Bolsonaro passou a palavra para Barros e o incentivou a explicar questões técnicas relacionadas ao inquérito das fake news e ao ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral. Barros abordou o fato de que o servidor do TSE cuja senha foi utilizada pelo hacker não registrou os arquivos “logs”, que são utilizados para registrar o acesso ao software.
As declarações de Barros expõem ainda mais a tensa relação entre o governo e o sistema eleitoral, com a recente transmissão ao vivo na qual Bolsonaro e Barros expuseram detalhes sigilosos de uma investigação da PF sobre o ataque hacker. Esses acontecimentos indicam um momento de instabilidade política em relação às eleições futuras e à confiabilidade do sistema eleitoral no Brasil. A sociedade aguarda por mais esclarecimentos e transparência sobre essas importantes questões.
