Com essa demissão, uma nova divergência surge entre Teixeira e Lira, em um momento em que o presidente da Câmara já está em conflito com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Para evitar um desgaste maior, Teixeira decidiu se encontrar com Lira em sua residência nesta terça-feira, buscando uma reconciliação e indicando sua disposição em ouvir sugestões do parlamentar em relação aos próximos passos a serem tomados no Incra de Alagoas.
Durante a reunião, Teixeira solicitou que Lira indicasse nomes com um perfil mais favorável ao diálogo com movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, já que Santos era criticado por sua postura pouco flexível nesse aspecto. O ministro afirmou ter alertado Lira por telefone, no último domingo, sobre a necessidade da substituição de Santos e enviou também uma carta alertando sobre possíveis manifestações que poderiam ocorrer na sede do Incra, como aconteceu em abril de 2023, quando o local foi ocupado por 1,5 mil pessoas exigindo a saída de Santos.
A conversa de domingo também teria incluído um aviso de Lira de que o governo não poderia ceder a ameaças, indicando a sensibilidade do momento e a importância de encontrar uma solução que evite conflitos futuros. É evidente que a relação entre Teixeira e Lira, assim como a dinâmica dentro do governo, requerem atenção e habilidade para gerenciar possíveis atritos e garantir a estabilidade política necessária para a condução adequada dos assuntos governamentais.