A determinação de Toffoli inclui a anulação de todos os atos praticados contra o empresário, desde os realizados por Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba até os da antiga força-tarefa da Lava-Jato. Com isso, todas as investigações contra Marcelo Odebrecht foram trancadas.
A decisão de Toffoli gerou várias perguntas, dentre elas a respeito do impacto no acordo de delação premiada firmado por Marcelo Odebrecht. O ministro esclareceu que a declaração de nulidade dos atos não implica na invalidez do acordo de colaboração, desde que este tenha sido efetivo e produzido os resultados almejados.
Além disso, a anulação baseou-se em mensagens apreendidas na Operação Spoofing, que investigou a invasão das contas de membros do Ministério Público Federal. Toffoli argumentou que as mensagens apreendidas demonstram um conluio entre procurador e magistrado para prejudicar Marcelo Odebrecht, o que violaria seus direitos fundamentais.
Os diálogos citados na decisão revelam conversas comprometedoras entre membros da força-tarefa da Lava-Jato, sugerindo medidas extremas para pressionar o empresário e sua família. A decisão de Toffoli levanta questionamentos sobre a validade das condenações baseadas na delação de Marcelo Odebrecht, já que os delatados podem alegar vício na origem das provas.
Diante disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode recorrer da decisão de Toffoli, levando o caso para ser avaliado pela Segunda Turma ou pelo plenário do STF. A polêmica decisão do ministro certamente terá desdobramentos e continua a gerar debates acalorados no cenário político e jurídico do país.