Ministro de Minas e Energia defende substituição de termelétricas por pequenos reatores nucleares para reduzir emissões de gases estufa.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou em um evento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, nesta quarta-feira, a importância da substituição das termelétricas movidas a óleo diesel por pequenos reatores nucleares como forma de descarbonizar os sistemas isolados de geração de energia. De acordo com o ministro, os pequenos reatores nucleares são considerados mais baratos do que as grandes usinas e seriam uma alternativa viável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

No ano passado, o governo instituiu o Programa Energias da Amazônia, com o objetivo de diminuir a geração de energia elétrica por meio de combustíveis fósseis e atrair investimentos para projetos nos sistemas isolados, principalmente na região da Amazônia Legal. Neste contexto, a proposta de utilização de pequenos reatores nucleares pode se encaixar perfeitamente, buscando assim modernizar e tornar mais sustentável a matriz energética dessas regiões.

Atualmente, cerca de 3 milhões de pessoas vivem em áreas ainda não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e dependem de sistemas térmicos para o fornecimento de energia elétrica. A introdução de pequenos reatores nucleares poderia representar uma solução eficiente e de baixo custo para atender a essa demanda, especialmente nas 212 localidades isoladas do Brasil, a maioria localizada na região Norte do país.

O ministro ressaltou a importância estratégica da fonte energética nuclear, destacando que o Brasil detém uma cadeia completa dessa tecnologia e possui um grande patrimônio de urânio a ser explorado. Nesse sentido, Silveira afirmou a necessidade de fomentar e estruturar o setor nuclear no país, plantando as sementes para o desenvolvimento futuro dessa indústria.

Embora não tenha estabelecido um prazo para a substituição das termelétricas por reatores nucleares, o ministro enfatizou a urgência de avançar nesse sentido, visando assim garantir a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental dos sistemas isolados de geração de energia elétrica no Brasil.

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