Vieira ressaltou a importância do BRICS, que agora conta com onze membros, representando metade da população mundial e 39% do PIB global. Ele enfatizou que o grupo desempenha um papel fundamental na busca por uma ordem mundial mais justa, inclusiva e sustentável.
O ministro brasileiro também abordou a necessidade de redefinir a governança global, de forma a incluir as perspectivas diversas das nações em desenvolvimento. Ele mencionou a crise das instituições mundiais pós-Segunda Guerra Mundial, destacando o crescimento das crises humanitárias, conflitos armados e insegurança alimentar.
Na esfera econômica, Vieira apontou para um processo de “desglobalização”, com políticas protecionistas e fragmentação comercial. Ele defendeu a reforma da arquitetura financeira, destacando o papel do Novo Banco de Desenvolvimento na promoção do financiamento de infraestrutura e projetos de desenvolvimento sustentável em economias emergentes.
Além disso, o ministro mencionou a importância do BRICS em áreas como saúde global, comércio, investimento e finanças, combate às mudanças climáticas, governança da inteligência artificial, reforma do sistema multilateral de paz e segurança, e desenvolvimento institucional do grupo. Ele também enfatizou a necessidade de uma governança global de inteligência artificial inclusiva e democrática.
Vieira destacou a emergência climática como um dos maiores desafios atuais, ressaltando a importância da justiça climática e da autonomia dos países em desenvolvimento na transição para economias de baixo carbono.
A reunião do BRICS contou com sessões temáticas e a participação especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reunindo representantes dos países-membros e parceiros do grupo. Esta reunião marca mais um passo em direção à construção de uma ordem mundial mais justa e inclusiva, com o BRICS desempenhando um papel fundamental nesse processo.
