O indiciamento ocorre no âmbito da Operação Benesse, desencadeada em setembro de 2023, que inicialmente mirou a irmã do ministro, a prefeita afastada de Vitorino Freire, Luanna Rezende. A PF chegou a solicitar autorização de buscas contra Juscelino Filho ao ministro Luis Roberto Barroso, presidente do STF, mas a solicitação foi negada.
Segundo informações divulgadas pelo jornal Estadão em janeiro do ano passado, Juscelino Filho teria direcionado R$ 5 milhões do orçamento secreto para a prefeitura de Vitorino Freire, com o objetivo de asfaltar uma estrada em frente à sua fazenda. Os recursos foram repassados para a prefeitura da irmã do ministro, pelo qual os contratos totalizaram mais de R$ 36 milhões para empresas ligadas a amigos, ex-assessoras e uma cunhada de Juscelino Filho.
Diante das irregularidades apontadas, uma auditoria interna da Codevasf constatou problemas em obras realizadas em Vitorino Freire com recursos indicados pelo ministro, incluindo pagamentos indevidos para a empresa contratada. A auditoria analisou dois contratos que somavam quase R$ 9 milhões e abordavam a estrada pertencente ao ministro e outras vias da cidade maranhense.
A reportagem tentou entrar em contato com a defesa do ministro para obter um posicionamento sobre as acusações. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações por parte do indiciado.