De acordo com informações obtidas pelo Estadão, Juscelino Filho, quando ainda era deputado federal, destinou recursos do Orçamento para asfaltar uma estrada que passa pela fazenda de sua família no Maranhão. Além disso, após assumir o cargo no governo Lula, o ministro utilizou um avião da Força Aérea Brasileira para comparecer a um leilão de cavalos em São Paulo.
O relatório da Controladoria-Geral da União confirmou que o dinheiro público destinado ao asfaltamento da estrada beneficiou diretamente as propriedades de Juscelino e de sua família. Diante dessas informações, Alexandre Padilha afirmou que caberá a Juscelino decidir se permanecerá no cargo enquanto se defende das acusações.
Em entrevista ao Estadão, Padilha destacou que Juscelino Filho terá o apoio do presidente Lula para se defender. A presunção da inocência deve ser respeitada e Juscelino terá espaço para provar sua inocência, enfatizou o ministro da articulação política. Lula, por sua vez, durante viagem internacional, ressaltou a importância de reconhecer erros, se houver, e lutar pela inocência.
Em nota divulgada após o indiciamento, Juscelino Filho classificou a ação da PF como “política e previsível” e alegou que o inquérito distorceu premissas e ignorou sua defesa. O ministro contestou o modus operandi da investigação, comparando-a com a Operação Lava Jato.
O relatório final da investigação também aponta a suspeita de outros crimes, como falsidade ideológica e violação de sigilo em licitação. Diante desse cenário, espera-se que Juscelino Filho possa esclarecer as acusações e provar sua inocência, mesmo diante das sérias suspeitas que recaem sobre ele.
