Ministro das Cidades pede urgência em levantamento de danos para reconstrução pós-enchentes no Rio Grande do Sul.

O ministro das Cidades, Jader Filho, fez declarações preocupantes nesta segunda-feira (27) durante uma sessão de debates temáticos sobre a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo com ele, o governo federal ainda está enfrentando dificuldades para planejar reconstruções e reformas no estado devido à falta de informações precisas.

Jader Filho revelou que, até o momento, apenas 38 dos aproximadamente 400 prefeitos dos municípios afetados foram ouvidos pelo ministério. Embora o órgão tenha conhecimento do número de casas danificadas em 54 municípios, a situação de calamidade impede uma análise completa do impacto das enchentes.

O ministro ressaltou que seria injusto pressionar os prefeitos a fornecerem informações detalhadas no momento, uma vez que muitos deles sequer conseguem enviar equipes da Defesa Civil para avaliar os estragos devido à dificuldade de acesso aos locais atingidos.

No entanto, Jader Filho fez um apelo para que as Prefeituras enviem as informações necessárias o mais rápido possível. Somente com esses dados em mãos, será possível concluir o planejamento da reconstrução e a liberação de recursos por meio de crédito extraordinário para auxiliar na recuperação das áreas afetadas.

Além disso, o ministro alertou para a necessidade de considerar questões como o risco de novas enchentes e o grau de dano nas residências antes de iniciar qualquer projeto de reconstrução. Ele também atribuiu o aumento de desastres naturais a mudanças climáticas e alertou que outras regiões do país podem enfrentar situações semelhantes no futuro.

Jader Filho enfatizou a importância de priorizar a resiliência das cidades e investir em medidas preventivas para evitar tragédias recorrentes. Segundo ele, se o Brasil não se preparar adequadamente, eventos como as enchentes no Rio Grande do Sul se tornarão cada vez mais frequentes. Por isso, o ministro defendeu a inclusão de ações de prevenção de desastres nos orçamentos públicos como uma prioridade para o país.

Sair da versão mobile