Neste ano, a UEE também abriu suas comportas para uma variedade de novos produtos agropecuários brasileiros, como erva-mate, amêndoas de cacau e suínos vivos. Além disso, produtos de reprodução bovina, como sêmen e embriões, também passaram a ser aceitos. O ministro de Cooperação Alfandegária da UEE, Ruslan Davydov, enfatizou a importância desta integração, apontando que o bloco possui ótimas expectativas para a ampliação das relações comerciais com o Brasil, não apenas no setor agrícola, mas alcançando áreas como siderurgia, microeletrônica e até mesmo na indústria aeroespacial.
Davydov destacou que a Rússia é o motor econômico da UEE, responsável por 85% das transações comerciais e do resultado econômico do bloco. Ele salientou a importância do fortalecimento da relação com o Brasil, principalmente através do BRICS, um grupo econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Durante uma recente reunião em Kazan, Rússia, os países do BRICS demonstraram interesse em estabelecer alternativas ao sistema financeiro global, o que pode incrementar ainda mais as relações comerciais entre as nações envolvidas.
Além de sua participação no comércio, Davydov enfatizou que as alfândegas desempenham um papel vital no desenvolvimento econômico e na facilitação do comércio entre os países. Ele participou de um encontro anual da Organização Mundial das Alfândegas no Brasil, onde discutiu a importância da harmonização dos procedimentos aduaneiros para agilizar o comércio. O uso de novas tecnologias para processar mercadorias de forma mais eficaz foi um tema central, pois inovações tecnológicas podem reduzir o tempo de movimentação de produtos em até 50 horas, facilitando assim o comércio global e impulsionando o crescimento econômico dos países da região.
Este fortalecimento dos laços comerciais entre Brasil e a UEE não apenas abre novos mercados para os produtos brasileiros, mas também contribui para uma diversificação econômica que pode beneficiar ambas as partes a longo prazo.