Ministro da Justiça revela mandantes do assassinato de Marielle Franco e motorista e destaca possibilidade de desvendar outros casos de milícias no RJ.



Na manhã deste domingo, 24 de outubro, uma notícia chocou o país: os mandantes do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Torres, ocorrido em 2018, foram finalmente descobertos pela Polícia Federal e presos de forma preventiva. A Operação Murder Inc, deflagrada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), resultou na prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e do ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Além dos mandados de prisão, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na cidade carioca.

Em uma coletiva de imprensa realizada na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro Ricardo Lewandowski enalteceu o trabalho dos investigadores, incluindo a Polícia Federal e o Ministério Público, assim como a rapidez do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Lewandowski ressaltou a importância da operação e destacou que novas informações ainda podem surgir sobre o caso Marielle.

As prisões dos suspeitos, segundo o ministro, representam uma vitória do Estado brasileiro no combate ao crime organizado. Ele informou que os presos serão transferidos para um presídio federal em Brasília e que Moraes retirou o sigilo da operação. Além disso, os policiais envolvidos tiveram suspenso o exercício de suas funções públicas.

Lewandowski também apontou que a resolução do caso Marielle poderá levar a descobertas sobre outros crimes relacionados às milícias no Rio de Janeiro. O ministro ressaltou a complexidade do modus operandi desses grupos criminosos e a interligação com setores políticos e públicos.

A motivação para o assassinato da vereadora, de acordo com a investigação, foi seu posicionamento contrário aos interesses dos mandantes do crime, que buscavam a regularização de terras para fins comerciais, em oposição à defesa de Marielle pela construção de moradias populares. A delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como autor dos assassinatos, foi fundamental para a federalização do caso e a entrada do STF na condução das investigações.

Com a prisão dos mandantes do crime, o país aguarda por mais desdobramentos dessa complexa trama que envolve interesses obscuros e a luta contínua pela justiça e pela verdade no caso que chocou o Brasil.

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