A transferência de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, para a Penitenciária Federal de Brasília, foi um ponto central nas declarações do ministro. Tuta, que ocupa uma posição de destaque no Primeiro Comando da Capital (PCC), foi capturado em uma operação internacional que envolveu a Polícia Federal do Brasil, a Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen da Bolívia e a Interpol. Este esforço conjunto culminou na prisão do criminoso em Santa Cruz de la Sierra enquanto ele tentava renovar documentação com identidade falsa.
Questionado sobre como evitar que Brasília se tornasse uma base para o crime organizado, Lewandowski enfatizou que os presídios federais operam sob rígidos protocolos de segurança, que incluem a transferência aleatória e confidencial de presos. “A transferência periódica impede a organização de redes de suporte para esses criminosos nas cidades em que se encontram”, afirmou o ministro, sublinhando a eficácia de tais medidas na desarticulação de atividades criminosas.
Os presídios federais, que estão estrategicamente localizados em cinco estados brasileiros, são desenhados para isolar detentos de alta periculosidade. Com regras rigorosas, como monitoramento constante e isolamento individual, esses estabelecimentos desempenham um papel crucial no combate ao crime organizado.
Lewandowski também comentou a importância da cooperação internacional na captura de Tuta. Ele destacou a análise de informações entre as forças policiais dos países envolvidos, mencionando a necessariedade de ações diplomáticas para a transferência do criminoso. O ministro ressaltou que a prisão de Tuta representou uma significativa vitória na luta do Brasil contra o crime organizado.
A medida, embora generadora de apreensão entre as comunidades locais quanto à segurança, faz parte de uma estratégia mais ampla destinada a desarticular facções criminosas e evitar que seus líderes articulem ações criminosas a partir do cárcere. Ao final, Lewandowski reafirmou que o governo se compromete a manter a segurança pública em Brasília e em todo o Brasil, através do rigor de suas operações penitenciárias e da continuidade de esforços conjuntos com outras nações para neutralizar a ação de organizações criminosas.