Segundo informações obtidas nos bastidores, ministros têm ficado sabendo dos supostos cortes em seus ministérios pela imprensa, e não diretamente pela equipe econômica, o que tem gerado mal-estar e insatisfação. Um ministro ouvido pela coluna chegou a afirmar que Haddad está agindo de forma unilateral, sem comunicar os ministérios afetados, apenas para apresentar resultados para Lula e para o mercado.
Recentemente, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chegou a manifestar publicamente sua insatisfação com a falta de diálogo sobre os cortes, ameaçando até mesmo pedir demissão caso haja cortes em sua área sem aviso prévio. Em uma declaração à imprensa, Marinho afirmou que consideraria como uma agressão qualquer corte realizado sem sua permissão.
Diante da resistência de alguns ministros, Haddad e outros colegas do governo têm realizado reuniões para discutir os cortes no Orçamento, buscando chegar a um consenso e administrar o descontentamento gerado. Ministros como Rui Costa, Simone Tebet e Esther Dweck têm se reunido com outros membros do governo e com Lula para discutir os próximos passos.
Os ministros que podem ser afetados pelos cortes têm demonstrado preocupação com a possibilidade de não conseguirem cumprir seus compromissos diante de um orçamento já apertado. A resistência dos ministros em relação aos cortes demonstra a difícil missão de conciliar interesses e encontrar um equilíbrio no cenário econômico atual.