Ministro da Fazenda procura acalmar bancada evangélica após anulação de isenção tributária para pastores.



Após a polêmica provocada pela anulação da isenção tributária sobre a contribuição previdenciária de pastores pela Receita Federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), convocou uma reunião com parlamentares da bancada evangélica para tentar acalmar os ânimos. De acordo com informações obtidas pelo GLOBO, os deputados Silas Câmara (Republicanos-AM) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) estiveram presentes no encontro para discutir a revolta causada pela medida.

No entanto, líderes protestantes aconselharam os parlamentares a não comparecerem à reunião, afirmando nos bastidores que a redenção por parte do governo só poderia acontecer através da revogação da medida. Para o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o único pedido das lideranças é que a imunidade tributária prevista na Constituição Federal volte a ser especificada na normativa.

De acordo com Malafaia, “Pastor recebe prebenda e a lei especifica isso. Ninguém está pedindo favor nenhum ao governo, está na Constituição. Lula está esculhambando para depois lá na frente anunciar um perdão de dívidas. O tiro saiu pela culatra porque nós estamos gritando.” A isenção tributária sobre a contribuição previdenciária de ministros de todas as religiões foi concedida às vésperas das eleições de 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), que tentava à reeleição.

No entanto, na gestão de Lula (PT), a Receita alega que o ato de 2022 não foi aprovado pela subsecretaria de tributação, o que justificaria sua anulação. A medida gerou descontentamento e notas de repúdio por parte da bancada evangélica. De acordo com um pronunciamento, “Fica muito claro os ataques que continuamente vêm sendo feitos ao segmento cristão através das instituições governamentais, atacando aqueles que não apoiam suas propostas. Trata-se de um ‘ataque explícito’ ao segmento religioso, parcela importante da sociedade brasileira.”

Diante da divergência, o ministro Haddad tentou restabelecer o diálogo com a bancada evangélica e acalmar os ânimos, mas a revolta dos líderes religiosos parece não ter diminuído. A situação permanece tensa e a polêmica sobre a isenção tributária continua sendo um assunto divisivo e complexo no cenário político nacional.

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