De acordo com o Relatório Focus do Banco Central (BC), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 5,65%, ligeiramente abaixo dos 5,66% projetados na semana anterior. A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No entanto, o mercado continua esperando que a inflação ultrapasse o teto da meta este ano.
Para 2026, os economistas consultados pelo BC elevaram a projeção de 4,48% para 4,5%. Já para 2027, a expectativa se manteve em 4%. Em fevereiro, o IPCA registrou uma alta de 1,31%, a maior para o mês em 22 anos. No acumulado de 12 meses até fevereiro, a inflação no país foi de 5,06%, ainda acima do teto da meta.
Haddad destacou que a postura do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, e a valorização do dólar no ano passado impactaram a economia global. No entanto, ele acredita que o dólar está se estabilizando em um patamar mais adequado no Brasil. Após a decisão do Fed de manter os juros básicos entre 4,25% e 4,5% ao ano, Haddad projeta uma situação mais confortável para o Brasil em comparação ao ano anterior.
Quanto à taxa básica de juros no Brasil, a Selic, Haddad não fez projeções específicas, mas indicou motivos para otimismo até o final do ano. Na última reunião do Copom, a Selic foi elevada para 14,25% ao ano, sendo o quarto aumento consecutivo da taxa básica de juros no país. A próxima reunião do colegiado está agendada para maio.