Durante a entrevista, o ministro afirmou que nos últimos 10 anos o país acumulou um déficit público de R$ 2 trilhões, o que, segundo ele, não favorece o crescimento da economia nacional. Para reverter esse cenário, o governo estabeleceu como meta atingir um resultado fiscal equilibrado em 2024, com receitas equivalentes às despesas.
Haddad também pontuou que o desarranjo fiscal ocorrido em 2022, devido ao processo eleitoral, impactou a necessidade de ajustes posteriores, visando garantir a estabilidade e sustentabilidade das contas públicas. Ele ressaltou que a inflação está controlada e que a meta estabelecida para 2024 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
No entanto, economistas alertam para uma piora no quadro das contas públicas a curto e longo prazo, o que pode comprometer o crescimento econômico do país. Mudanças nas metas fiscais para os próximos anos, a dinâmica de gastos da Previdência e a política de correção do salário mínimo são algumas das preocupações apontadas pelos especialistas.
Diante desse cenário, Haddad enfatizou que a busca pela trajetória de ajuste não é simples e que corrigir os erros cometidos ao longo de uma década exigirá tempo e esforço. Ele ressaltou que o governo está empenhado em reverter a situação e garantir a estabilidade econômica do país, mesmo diante dos desafios apresentados.
