Segundo Haddad, cerca de oitenta por cento do plano de ajuste consiste nessas medidas, as quais o governo federal também vem implementando. O ministro ressaltou que o trabalho de corte de gastos é contínuo e que há uma sintonia entre o Executivo federal e o governo de São Paulo para a implementação dessas medidas.
Questionado sobre as ações do governo federal para o controle de gastos, Haddad apontou que muitas vezes o mercado não presta atenção suficiente no papel do Legislativo e do Judiciário nesse processo, considerando erroneamente que a responsabilidade fiscal é exclusiva do Poder Executivo.
Haddad também defendeu a solidez do arcabouço fiscal do país, apesar das críticas de que há receitas superestimadas e despesas descontroladas. Ele ressaltou que no ano anterior já havia alertado para o fato de que algumas receitas estavam superestimadas, e que medidas foram tomadas para corrigir esse problema.
Em relação às transações tributárias em curso no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Haddad adiantou que novidades positivas podem ser esperadas para o terceiro bimestre. O ministro encerrou a entrevista reforçando o compromisso do governo em manter a disciplina fiscal e continuar trabalhando para controlar os gastos públicos.