Em relação à decisão de zerar o imposto de importação, Haddad explicou que a intenção não é reduzir imediatamente os preços, mas sim conter os aumentos que os produtores estavam planejando. O ministro ressaltou a importância do Plano Safra no apoio à produção agrícola e argumentou que a correção do câmbio também terá um papel fundamental na redução da inflação.
Durante a entrevista, Haddad também abordou a relação entre o Brasil e os Estados Unidos, expressando otimismo mesmo diante das ameaças de Donald Trump em aumentar as tarifas sobre produtos brasileiros. O ministro destacou que o saldo comercial entre os dois países favorece os Estados Unidos, o que tornaria uma disputa comercial sem sentido do ponto de vista econômico.
Haddad avaliou que a mudança de governo nos Estados Unidos não deve levar a uma guinada nas relações com o Brasil, que vinham prosperando nos últimos anos. Ele apontou a aproximação com a China e o acordo do Mercosul com a União Europeia como pontos positivos para a posição do Brasil no cenário internacional.
Por fim, o ministro ressaltou a incerteza global em relação às políticas de Trump e os impactos que estas podem ter nas relações bilaterais. No entanto, ele considera que o Brasil está em uma posição favorável para lidar com eventuais ruídos nas relações comerciais e deve se beneficiar da política de queda de juros adotada pelo Federal Reserve.