Ministro da Fazenda destaca Plano Safra e correção do câmbio como estratégias contra inflação de alimentos em entrevista exclusiva.



Em uma entrevista realizada nesta sexta-feira, 7, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a questão do controle da inflação e as medidas tomadas pelo governo para combatê-la. Haddad destacou que as medidas recentemente anunciadas, como a redução a zero do imposto de importação de produtos como carne, açúcar, café e biscoitos, têm um alcance, porém, não serão suficientes para conter a inflação de alimentos sozinha.

Em relação à decisão de zerar o imposto de importação, Haddad explicou que a intenção não é reduzir imediatamente os preços, mas sim conter os aumentos que os produtores estavam planejando. O ministro ressaltou a importância do Plano Safra no apoio à produção agrícola e argumentou que a correção do câmbio também terá um papel fundamental na redução da inflação.

Durante a entrevista, Haddad também abordou a relação entre o Brasil e os Estados Unidos, expressando otimismo mesmo diante das ameaças de Donald Trump em aumentar as tarifas sobre produtos brasileiros. O ministro destacou que o saldo comercial entre os dois países favorece os Estados Unidos, o que tornaria uma disputa comercial sem sentido do ponto de vista econômico.

Haddad avaliou que a mudança de governo nos Estados Unidos não deve levar a uma guinada nas relações com o Brasil, que vinham prosperando nos últimos anos. Ele apontou a aproximação com a China e o acordo do Mercosul com a União Europeia como pontos positivos para a posição do Brasil no cenário internacional.

Por fim, o ministro ressaltou a incerteza global em relação às políticas de Trump e os impactos que estas podem ter nas relações bilaterais. No entanto, ele considera que o Brasil está em uma posição favorável para lidar com eventuais ruídos nas relações comerciais e deve se beneficiar da política de queda de juros adotada pelo Federal Reserve.

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