Para Haddad, é crucial apresentar os números e encarar a realidade, sem facilitar para nenhum dos lados. Ele ressaltou a importância de trazer à mesa os problemas e buscar soluções para garantir a sustentabilidade estrutural, que é o principal objetivo da Fazenda. Reconhecendo a dificuldade de avançar na revisão dos gastos, o ministro destacou que a solução precisa ser construída por meio do diálogo e da política.
Em relação à equipe econômica, Haddad reiterou que não há negação dos problemas enfrentados pelo governo, destacando a importância de não ignorar as questões em jogo. Ele também abordou a indicação de Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central a partir de janeiro, defendendo que as escolhas técnicas são priorizadas em detrimento de interesses políticos.
Quando questionado sobre as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, Haddad apontou um descompasso entre os bancos centrais globais, causando incertezas nos mercados financeiros. Ele analisou a situação do Federal Reserve e sua comunicação ambígua, que afetou as expectativas dos investidores. Diante desse cenário, o ministro ressaltou a necessidade de o Banco Central do Brasil levar em consideração as ações de outras instituições financeiras internacionais na tomada de decisões locais.
Em suma, as declarações de Fernando Haddad refletem a preocupação com a transparência, a responsabilidade fiscal e a necessidade de enfrentar os desafios econômicos de forma estruturada e realista, buscando sempre o melhor para o país.