Ministro da Fazenda atribui alta nos preços de combustíveis e alimentos à eleição de Donald Trump: queda do dólar pode amenizar impacto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista à Rádio Cidade de Caruaru, no interior de Pernambuco, onde abordou questões relacionadas ao aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos. Segundo Haddad, a eleição de Donald Trump provocou uma alta no dólar no final do ano passado, o que impactou diretamente nos custos para os consumidores.

De acordo com o ministro, a disparada do dólar teve reflexos nos preços dos combustíveis, já que o Brasil exporta gasolina e diesel. Essa valorização da moeda estrangeira encareceu os produtos, sendo um dos fatores responsáveis pelo aumento nas bombas. No entanto, Haddad aponta para uma possível melhora nesse cenário com a recente queda do dólar, que passou de R$ 6,10 para R$ 5,80 nos últimos dias.

Além disso, o ministro destacou que a safra recorde projetada para 2025 e o fim do ciclo do boi, quando os pecuaristas reduzem seus rebanhos para valorizar a carne, também devem contribuir para a estabilização dos preços. Haddad ressaltou que a desvalorização do real também influenciou no encarecimento dos alimentos, especialmente devido à seca no Rio Grande do Sul, que afetou a produção de soja, um dos principais insumos para a dieta animal.

Diante desse cenário, o ministro acredita que a pressão sobre o bolso do consumidor tende a diminuir nos próximos meses, com a combinação desses fatores. No entanto, é importante ficar atento às oscilações do mercado internacional e às condições climáticas, que podem impactar diretamente nos preços dos produtos básicos.

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