Ministro da Defesa em Corumbá: “Fronteiras do Brasil não devem se tornar trincheiras” durante celebração de restauração do Forte Coimbra.

No dia 20 de setembro, o Forte Coimbra, localizado em Corumbá, Mato Grosso do Sul, celebrou seu 250º aniversário com uma cerimônia que marcou o início das obras de restauração da estrutura histórica, que conta com um investimento estimado em R$ 19,8 milhões. O evento foi presenciado pelo ministro da Defesa, José Múcio, que destacou a importância das Forças Armadas na defesa das fronteiras brasileiras e sua relevância histórica para o país.

Durante seu discurso, Múcio expressou gratidão às Forças Armadas pela vigilância constante nas fronteiras, ressaltando que elas não podem se transformar em “trincheiras”. Essa afirmação reflete uma visão de segurança integral, em que a defesa do território é fundamental para a soberania nacional. Ele enfatizou que a restauração do Forte Coimbra vai além da conservação física, significando, também, uma reivindicação pela preservação da memória nacional, permitindo que futuras gerações compreendam a importância daquela fortificação.

O ministro estava acompanhado do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, da primeira-dama Mônica Riedel e do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. A restauração do forte é conduzida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e tem como objetivo não apenas preservar a construção de 1775, mas também tornar o local acessível ao público, o que deve impulsionar o turismo na região.

Durante a cerimônia, Múcio também informou sobre o progresso das obras de uma nova estrada de acesso ao Forte, que já alcançaram 50% de avanço. A operação visa facilitar a chegada de visitantes e aumentar a visibilidade turística do forte, que desempenhou um papel crucial durante a Guerra da Tríplice Aliança, entre 1864 e 1870, quando serviu como um baluarte contra as forças paraguaias.

Considerado um patrimônio histórico desde 1975, o Forte Coimbra está em processo de reconhecimento internacional pela Unesco, uma conquista que poderia elevar sua posição a Patrimônio Mundial, reforçando ainda mais a importância histórica e cultural do local para o Brasil. A restauração e revitalização do forte são, portanto, etapas essenciais para a valorização de um dos símbolos mais importantes da resistência militar brasileira.

Sair da versão mobile