Múcio explicou que os chefes militares estavam relutantes em conversar com ele, e foi aí que decidiu pedir ajuda a Bolsonaro, com quem teve uma relação próxima no passado. O ministro destacou que não é adepto de conflitos e estava em busca de uma transição tranquila.
O ex-presidente atendeu o pedido de Múcio e ligou para os comandantes das Forças Armadas. No entanto, o chefe da Marinha na época, Almir Garnier, recusou-se a receber o ministro. Segundo relatos, Garnier foi o único que ofereceu o apoio de suas tropas a Bolsonaro em caso de tentativa de impedir a posse de Lula.
Múcio não apenas agradeceu a Bolsonaro por sua ajuda na transição, mas também elogiou os militares pela atuação durante as invasões golpistas às sedes dos Três Poderes em janeiro. Ele afirmou que o Brasil deve aos militares o fato de a tentativa golpista não ter se concretizado.
Em meio a especulações e teorias, a primeira-dama Janja também recebe crédito por supostamente ter evitado o golpe, ao evitar que Lula decretasse a Garantia de Lei e Ordem, que daria às Forças Armadas controle da segurança na Esplanada. Apesar disso, Múcio ressaltou a importância dos militares na preservação da democracia.
A revelação de Múcio levanta questionamentos e coloca em evidência as relações políticas e institucionais nos bastidores do governo, mostrando a importância de diálogo e colaboração entre diferentes esferas de poder e ideologias.